Egito
[geral]
Em hebraico Mizraim (embora na verdade seja Mitsraim). É uma forma dupla, significando “os dois Matsors”, como alguns pensam, que representam o Baixo e o Alto Egito. O Egito também é chamado de Terra de Cam no Salmo 105:23, 27 e no Salmo 106:22; e Raabe, significando “o orgulhoso” (Sl 87:4, 89:10; Is 51:9). (Este nome em hebraico não é o mesmo que Raabe, a meretriz99). O Alto Egito é chamado de Patros em hebraico, isto é, “terra do Sul” (Is 11:11). O Baixo Egito em Isaías 19:6 e 37:25 é Matsor em hebraico, mas traduzida como “canais” (“defesa” – KJV). O Egito é um dos países mais antigos e renomados, mas não é possível fixar uma data para sua fundação.
A história do antigo Egito é geralmente dividida em três partes.
- O Antigo Reino, desde o seu início até a invasão do Egito por aqueles chamados hicsos ou reis-pastores. Isso abrangeria as primeiras onze dinastias. Em algumas delas os reis reinaram em Mênfis, e em outras em Tebas, de modo que agora não pode ser determinado se algumas das dinastias foram contemporâneas ou não. Às primeiras quatro dinastias são atribuídas à construção da grande pirâmide e da segunda e terceira pirâmides, e também a grande esfinge.
- O Reino do Meio começou com a 12ª dinastia. Alguns hicsos haviam se estabelecido no Baixo Egito já na 6ª dinastia; eles ampliaram seu poder na 14ª dinastia e reinaram supremos na 15ª até a 17ª dinastias. Esses eram semitas da Ásia. Eles se estabeleceram no norte do Egito em Zoã, ou Tanis, e Avaris, enquanto os reis egípcios reinavam no sul. Eles supostamente controlaram o norte por cerca de 500 anos, mas alguns julgam que seu domínio foi muito mais curto.
- O Novo Reino foi inaugurado com a expulsão dos hicsos na 18ª dinastia, quando o Egito recuperou seu antigo poder, como o encontramos mencionado no Velho Testamento
A primeira menção do Egito na Escritura é quando Abraão foi peregrinar lá por causa da fome. Estava se voltando para o mundo em busca de ajuda e enredou o patriarca em uma conduta pela qual foi repreendido pelo Faraó, o príncipe do mundo (Gn 12:10-20). Isso teria sido na época da 12ª dinastia. Por volta de 1728 a.C. José foi levado ao Egito e vendido a Potifar: sua exaltação se seguiu; a fome começou e, por fim, Jacó e toda sua família foram para o Egito. Veja: José. Por fim, levantou-se um rei que não conhecia José, sem dúvida no início de uma nova dinastia, e os filhos de Israel foram reduzidos à escravidão. Moisés foi enviado por Deus para libertar Israel, e as pragas se seguiram. Veja: Pragas do Egito. Com a morte do primogênito dos egípcios, Israel deixou o Egito. Veja: Israel no Egito e Êxodo.
Questões muito interessantes surgem – qual dos reis do Egito foi o que promoveu José? Qual foi o rei que não conheceu a José? E qual rei reinou no tempo das Pragas e do Êxodo? O resultado a que se chegou de forma mais geral é que o Faraó que promoveu José era um dos hicsos (que sendo de origem semítica, era mais favorável a estranhos do que os egípcios nativos), e provavelmente era Apepa ou Apepi II, o último desses reis. Os pastores eram uma abominação para os egípcios, como diz a Escritura, o que pode não se aplicar aos hicsos (que significa “pastores” e concorda com eles serem chamados de reis-pastores), e isso pode explicar, sob o controle de Deus, por que “o melhor da terra” foi dado aos israelitas.
Entende-se que o Faraó da opressão foi Ramessés II da 19ª dinastia, e o Faraó do Êxodo foi Menerneptá, seu filho. Este último teve um filho, Seti II, que deve ter sido morto na última praga no Egito, se seu pai fosse o Faraó do Êxodo. Os monumentos registram a morte do filho, e a múmia do pai não foi encontrada, mas é dito que ele viveu e reinou após a morte de seu filho. Isso não estaria de acordo com sua morte no Mar Vermelho. A Escritura não afirma positivamente que ele caiu sob esse juízo, mas diz que Deus “derribou Faraó com seu exército no mar Vermelho” (Sl 136:15). Deus também instruiu Moisés a dizer ao Faraó: “Tu serás cortado da Terra; E para isso mesmo te levantei, para te mostrar o meu poder” (Êx 9:15 – JND). Menerneptá foi descrito como “fraco, irresoluto e sem coragem física”, e acredita-se que ele nunca teria se aventurado no Mar Vermelho. Os monumentos o descrevem como “alguém cuja mente estava voltada quase exclusivamente para a feitiçaria e a magia”. Não é de admirar, portanto, que ele demorasse tanto a aprender o poder do Senhor. Como a Escritura não dá os nomes dos Faraós no Pentateuco, não há realmente nenhuma ligação definitiva entre aqueles mencionados nela e quaisquer reis em particular como encontrados nos monumentos. Alguns egiptólogos consideram outros reis mais prováveis do que os anteriores, colocando o tempo de José antes do período dos hicsos, enquanto outros o colocam após sua saída.
Após o Êxodo, a Escritura permanece em silêncio quanto ao Egito por cerca de 500 anos, até os dias de Salomão. As Tábuas de Tell Amarna (a serem mencionadas em breve) revelam que Canaã estava sujeita ao Egito antes que os israelitas entrassem na terra. Pinetem II, da 21ª dinastia, é suposto ser o Faraó que era aliado de Salomão.
O primeiro Faraó mencionado pelo nome é Sisaque: ele foi identificado com Shashank I, primeiro rei da 22ª dinastia, que manteve sua corte em Bubastis. Ele deu abrigo a Jeroboão quando fugiu de Salomão e, após a morte de Salomão, ele invadiu a Judeia com 1.200 carros, 60.000 cavaleiros e pessoas sem número. Ele tomou as cidades muradas e saqueou Jerusalém e o templo: “tomou tudo, e também tomou todos os escudos de ouro que Salomão tinha feito” (1 Rs 11:40, 14:25-26; 2 Cr 12:2-9). É dolorosamente interessante encontrar, entre as vitórias registradas de Sisaque no templo de Karnak, uma figura com os braços amarrados para trás, representando Judá como um prisioneiro. A inscrição diz JUDAH MELCHI, reino de Judá.A próxima pessoa mencionada é Zerá, o etíope, que trouxe um exército de 1.000.000 e 300 carros contra Asa, o rei de Judá. Asa piedosamente clamou ao Senhor por ajuda e declarou que seu descanso estava n’Ele. Deus respondeu à sua fé, e as hostes egípcias foram vencidas, e Judá levou “mui grande despojo” (2 Cr 14:9-13). Será notado que a Escritura não diz que Zerá era um Faraó. Ele deveria ter sido o general de Osorkon II, o quarto rei da 22ª dinastia.
A 25ª dinastia era estrangeira, de etíopes que reinaram na Núbia. Seu primeiro rei, chamado Xabaca, foi o Sô da Escritura. Oseias, rei de Israel, tentou uma aliança com esse rei para que ele fosse libertado de sua aliança com a Assíria. Ele deu presentes ao Egito; mas o esquema não foi executado. Isso levou à captura de Samaria e ao cativeiro das dez tribos (2 Rs 17:4).
Outro rei desta dinastia foi Taraca ou Tiraca (o Tehrak dos monumentos) que entrou em confronto com a Assíria no 14º ano de Ezequias. Senaqueribe estava atacando Libna quando soube que o rei da Etiópia havia saído para lutar contra ele. Senaqueribe enviou uma segunda carta ameaçadora a Ezequias; mas Deus destruiu milagrosamente seu exército durante a noite. Tiraca foi posteriormente derrotado por Senaqueribe, e novamente na conquista do Egito por Esar-Hadom (2 Rs 19:9; Is 37:9).
O Egito recuperou este choque sob Psamético I de Sais (26ª dinastia), e nos dias de Josias, o Faraó Neco, ansioso para competir com as glórias da 18ª e 19ª dinastias, partiu para atacar o rei da Assíria e para recuperar o domínio há muito perdido do Egito sobre a Síria. Josias se opôs a Neco, mas foi morto em Megido. Neco, conquistando tudo diante dele, prosseguiu até Carquemis, no Eufrates, e ao retornar a Jerusalém ele depôs Jeoacaz e o carregou para o Egito (onde ele morreu), e colocou seu irmão Eliaquim em seu lugar, chamando-o de Jeoaquim. O tributo seria cem talentos de prata e um talento de ouro (2 Rs 23:29-34; 2 Cr 35:20-24; Jr 26:20-23). Por Neco ser capaz de atacar o rei da Assíria, em um lugar tão distante como Carquemis mostra a força do Egito naquela época, mas o poder da Babilônia estava aumentando, e depois de três anos Nabucodonosor derrotou o exército de Neco em Carquemis, e se recuperou em todos os lugares, desde o rio do Egito até o Eufrates; e “o rei do Egito nunca mais saiu da sua terra” (2 Rs 24:7; Jr 46:2-12). O Neco da Escritura é Nekau nos monumentos, um rei da 26ª dinastia.
Os escritores gregos e os monumentos egípcios mencionam Psamético II como o próximo rei depois de Neco, e então Apriés (Uahabra nos monumentos, a letra U sendo equivalente ao aspirado), o Hofra da Escritura. Zedequias havia sido nomeado governador de Jerusalém por Nabucodonosor, mas ele se revoltou e formou uma aliança com Hofra (Ez 17:15-17). Quando os caldeus sitiaram Jerusalém, Hofra, fiel à sua palavra, entrou na Palestina. Nabucodonosor levantou o cerco, o atacou e derrotou, e então voltou e restabeleceu o cerco de Jerusalém. Ele tomou a cidade e a queimou (Jr 37:5-11).
Hofra estava cheio de orgulho, e está registrado que ele disse que nem mesmo um deus poderia derrubá-lo. Essa arrogância não poderia ficar impune. Ezequiel estava na Babilônia: e em sua profecia (Ez 29:1-16) ele prediz a humilhação do Egito e de seu rei, “grande dragão que pousas no meio dos teus rios”. O Egito deveria ser desolado de Migdol a Sevene, até a fronteira da Etiópia (do norte ao sul) “quarenta anos”. Abdallatif, um escritor árabe, diz que Nabucodonosor devastou o Egito e arruinou todo o país por ele dar asilo aos judeus que fugiam dele, e que permaneceu em desolação por quarenta anos. Outras profecias se seguiram contra o Egito (Ez 30-32), e em Jeremias 44:30 Hofra é mencionado. Deus o entregou nas mãos daqueles “que procuravam sua morte”, que eram alguns de seu próprio povo.
Quando Nabucodonosor destruiu Jerusalém, ele deixou alguns judeus na terra sob o governador Gedalias; mas sendo morto Gedalias, eles fugiram para o Egito, levando Jeremias consigo para Tafnes (Jr 43:5-7). Ele proferiu profecias contra o Egito (Jr 43-44). A série de profecias fornece uma data aproximada para a devastação do Egito por Nabucodonosor. Ao tomar a cidade de Tiro, ele não teve paga pelo serviço que prestou contra ela (os de Tiro carregaram seus tesouros em navios) e deveria ter o Egito como recompensa. Tiro foi tomada em 572 a.C. e Nabucodonosor morreu em 562 a.C., deixando uma margem de dez anos (Ez 29:17-20).
Depois de Nabucodonosor, o Egito tornou-se tributário a Ciro: Cambises foi seu primeiro rei persa da 27ª dinastia. Com o fim do império persa, Alexandre, o grande, tomou posse do Egito e fundou Alexandria. Com a morte de Alexandre, os Ptolomeus reinaram sobre o Egito por cerca de 300 anos. Algumas das ações dos Ptolomeus foram profetizadas em Daniel 11. Veja: Antíoco. Em 30 a.C., Otávio Cæsar entrou no Egito, que se tornou uma província romana. Em 639 d.C., o Egito foi tomado do império oriental pelos sarracenos100 e é mantido sob o domínio dos turcos até hoje. É um grande reino em desolação (Jl 3:19).
Vimos que certa vez o Egito foi capaz de trazer um milhão de soldados para a Palestina; e em outro lugar ele foi capaz de atacar a Assíria. A história também registra que eles dominaram a Fenícia e travaram severas guerras com os heteus, com os quais eles finalmente fizeram um tratado, que é dado na íntegra nos monumentos.
Algumas profecias foram mencionadas e, embora se apliquem a eventos passados há muito tempo, podem ter uma aplicação ainda futura. Por exemplo: “E o Senhor Se dará a conhecer ao Egito, e os egípcios conhecerão ao Senhor, naquele dia; sim, eles O adorarão com sacrifícios e ofertas, e farão votos ao Senhor, e os cumprirão. Israel será o terceiro com os egípcios e os assírios, uma bênção no meio da Terra. Porque o Senhor dos Exércitos os abençoará, dizendo: Bendito seja o Egito, Meu povo, e a Assíria, obra de Minhas mãos, e Israel, Minha herança” (Is 19:21-25; compare Sf 3:9-10). Certamente essas declarações se aplicam a uma época em que Deus abençoará o Egito. Isso pode não ser esperado, visto que o Egito é uma figura do mundo – o lugar onde a natureza satisfaz seus desejos, e do qual o Cristão é tirado – mas no Milênio a terra será abençoada, e então nenhuma nação será abençoada, exceto se reconhecerem ao Senhor e Seu Rei, que reinará sobre toda a Terra. Então “Embaixadores reais virão do Egito; a Etiópia cedo estenderá para Deus as suas mãos” (Sl 68:31).
Também o Egito, deve ser lembrado, foi o lugar de peregrinação do povo favorecido por Deus, Israel. Foi um rei do Egito que fez com que o Velho Testamento fosse traduzido para o grego, a LXX, citado pelo próprio Senhor quando na Terra; e foi para o Egito que José fugiu com a Criança e Sua mãe da ira de Herodes. O Egito era uma cana quebrada sobre a qual os israelitas descansavam: oprimiu-os e até atacou e saqueou Jerusalém. Mas foi punido e permanece desolado até hoje; e além disso, como o reino do Sul ainda será tratado (compare Dn 11:42-43). Posteriormente, Deus também o curará e o abençoará em graça Ele diz: “Bendito seja o Egito, povo Meu”.
As Tábuas de Tell Amarna. Recentemente, várias tábuas de argila foram descobertas no Alto Egito. Muitas delas são despachos de pessoas com autoridade na Palestina aos reis do Egito, mostrando que o Egito tinha mais ou menos domínio sobre porções da terra. As inscrições são em caracteres cuneiformes, mas na língua aramaica, que lembra o assírio. Os escritores eram fenícios, filisteus e amorreus, mas não heteus, embora esses sejam mencionados nas tábuas. A data de alguns desses despachos foi fixada por volta de 1480 a.C., e foram endereçados aos dois Faraós conhecidos como Amenófis III e IV. Elas mostram que o Egito retirou suas tropas da Palestina e evidentemente estava perdendo todo o poder no país, cuja parte norte estava sendo invadida pelos heteus. Os governadores mencionam isso em seus despachos e exortam o Egito a enviar tropas para impedir a invasão. Algumas das tabuinhas são do sul da Palestina e também testemunham problemas naquela região. O nome Abiri ocorre, descrevendo um povo invadindo do deserto: supõe-se que sejam os hebreus. Está registrado que eles haviam tomado a fortaleza de Jericó e estavam saqueando “todas as terras do rei”. O tradutor (Major Conder) acredita ter identificado os nomes de três dos reis feridos por Josué: Adoni-Zedeque, rei de Jerusalém; Jafia, rei de Laquis; e Jabim, rei de Hazor (Js 10:3; Js 11:1). Ele também acredita que as datas que coincidem com os reis mencionados acima concordam com a cronologia comum da Escritura para o livro de Josué. Se ele estiver correto nisso, o Êxodo não pode mais ser colocado sob a décima nona dinastia. Pode-se observar, no entanto, que nenhuma das tábuas do Sul traz o nome de qualquer rei, sendo apenas dirigida a “Ao Rei, meu Senhor”.
Alguns dos principais eventos com suas datas aproximadas são adicionados:
DINASTIAS101.
1-3. Vinte e seis nomes de reis são dados, começando com Menes, mas alguns são provavelmente míticos.
4. Em Mênfis. Khufu ou Sufis foi o construtor da primeira grande pirâmide de Gizé. Quéfren ou Shafra construiu a segunda e Miquerinos a terceira.
5. Em Elefantina.
6. Em Mênfis. Alguns “reis-pastores” invadiram o Baixo Egito.
7-10. As dinastias foram contemporâneas: um período de confusão.
11. Em Tebas. Título reivindicado sobre todo o Egito por Antef ou Nentef.
12. Em Tebas. Amenemhat I, ou Ameres, conquistou a Núbia (Cuxe). Amenemhat III construiu o lago Moeris e o Labirinto, considerado um ponto de encontro nacional. A estadia de Abraão no Egito foi possivelmente nesta dinastia.
13. Em Tebas. Tempos difíceis.
14. Em Xois. O poder dos hicsos se estende.
15-16. Reis hicsos. Apepa II. Supostamente o rei que exaltou José. Os israelitas entraram no Egito por volta de 1706 a.C.
17. Reis vassalos sob o governo dos hicsos reinaram em Tebas.
18. Em Tebas. Os hicsos são expulsos do Egito. Tutemés I leva seus exércitos para a Ásia. Tutemés III, o maior rei guerreiro; construiu o grande templo de Amon em Tebas. Amenhotep, ou Amenófis III erigiu os colossos gêmeos de si mesmo em Tebas.
19. Em Tebas. Seti I ou Setos ergueu o grande salão em Karnak. Ramessés II atacou os heteus no norte, mas concluiu uma aliança. Considerado o rei que oprimiu Israel, e Merneptá o Faraó do Êxodo (1491 a.C.). Seu filho (Seti-Merneptá) morreu quando jovem (talvez na Páscoa). Seguiu-se um período de anarquia.
20. Em Tebas. Onze reis chamados Ramessés: eles se tornaram preguiçosos e afeminados, até que os sacerdotes tomaram o trono.
21. Em Tânis. Reis-sacerdotes. Pinetem II é suposto ser o Faraó aliado de Salomão (cerca de 1014 a.C.).
22. Em Bubastis. Shashank ou Sisaque, o aliado de Jeroboão de Israel, foi o conquistador de Roboão de Judá (971 a.C.). Osocor I e Thekeleth I foram sucedidos. Osocor II enviou seu general a Zerá contra Asa, rei de Judá (941 a.C.).
23. Em Tânis. Dois reis reinaram, contemporâneos da 22ª dinastia.
24. Em Sais. Contemporânea com a 25ª dinastia.
25. Em Núbia. Reis etíopes. Sabaca, ou Sabaco, o Sô que era aliado de Oseias de Samaria, foi derrotado por Sargão da Assíria (720 a.C.). Xabataca, derrotado por Senaqueribe. Taraca, ou Teraca, conquistado por Esar-Hadom. Tebas destruída pelos assírios (666 a.C.). O Egito tornou-se uma província da Assíria.
26. Em Sais. Período de influência grega no Egito. Psamático I ou Psamético I lançou fora o jugo da Assíria e governou todo o Egito. Nekau, ou Neco, matou Josias em Megido (610 a.C.) em seu caminho para atacar os assírios em Carquemis. Posteriormente, ele foi derrotado por Nabucodonosor no mesmo lugar (606 a.C.). Hofra, ou Apriés, aliado de Zedequias, foi conquistado por Nabucodonosor (581 a.C.), que posteriormente devastou o Egito até Elefantina. Apriés foi condenado à morte e Amásis reinou como tributário à Babilônia (571 a.C.). Anos depois, Amásis tornou-se aliado de Creso de Lídia contra Ciro, o persa. Psamático III foi conquistado por Cambises, e o Egito tornou-se uma província do império persa (526 a.C.).
27. Os reis da Pérsia foram os reis do Egito (526-487 a.C.).
28-30. Os reis nativos reinaram sem serem subjugados pela Pérsia, até Artaxerxes III (Oco), quando o Egito foi novamente derrotado (350 a.C.).
Com a conquista do império persa por Alexandre o grande, o Egito também se tornou parte do império grego (332 a.C.).
Com a morte de Alexandre, o Egito foi governado pelos Ptolomeus (323 a.C.). Veja: Antíoco.
O Egito tornou-se uma província romana (30 a.C.).
O Egito foi arrancado do Império Oriental pelos sarracenos (639 d.C.).
[99]
N. do T.: Em Josué 2:1 etc., a palavra hebraica é “rachab” e nesses dois Salmos e em Isaías, a palavra é “rahab”. [100]
N. do T.: Sarracenos (do grego σαρακηνοί – sarakinoí) era uma das formas usadas pelos Cristãos da idade média para designarem genericamente os árabes ou os muçulmanos. Em português o termo é usualmente aplicado especificamente aos árabes que dominaram a Península Ibérica. As palavras “islão” e “muçulmano” só foram introduzidas nas línguas europeias no século 17. Antes disso utilizavam-se expressões como “lei de Maomé”, maometanos, agarenos (descendentes de Agar), mouros, etc. (cf. Wikipédia). [101]
N. do T.: As palavras dinasta e dinastia provêm do verbo grego dynasthai, que significa “ser capaz” ou “ter poder”. Dinastia é uma sequência de soberanos de uma mesma família e que ocupam o trono sucessivamente.