Altar de Cobre
[geral]
O altar de cobre23 deveria ser feito de madeira de cetim e revestido com cobre, daí o seu nome; deveria ter 3 côvados de altura e 5 côvados de cada lado24 (Êx 27:1-8). No templo construído por Salomão, este altar era feito de cobre e tinha 10 côvados de altura e 20 côvados de comprimento e largura – o mesmo tamanho do mais santo de todos (2 Cr 4:1 – veja Ez 43:13-17 para o altar no futuro templo). O altar de cobre também era chamado de “altar do holocausto”; nele um fogo estava constantemente aceso (Lv 6:9), e nele as ofertas eram consumidas, ou seja, na “grelha” que estava colocada no meio dele. Ele tinha chifres (ou pontas) em cada um de seus cantos, nos quais o sangue da oferta pelo pecado era colocado. Ali, os homens fugiram em busca de refúgio e se seguravam nos chifres em busca de segurança (1 Rs 1:50-51; compare Êx 21:14). A posição do altar de cobre detinha o ofertante quando entrava no pátio e indicava que a única maneira de ter acesso ao Senhor era por meio de um sacrifício. A morte devia acontecer antes que o homem caído pudesse entrar na morada de Deus.
No Novo Testamento é apresentado o princípio de que comer de um sacrifício manifesta comunhão com o altar em que o sacrifício é feito. Assim que não se pode beber do cálice do Senhor e do cálice dos demônios, nem participar da mesa do Senhor e da mesa dos demônios (1 Co 10:18-21).
Aos crentes hebreus foi dito: “Temos um altar de que não têm direito de comer os que servem ao tabernáculo” (Hb 13:10). Isso se refere à oferta pelo pecado, cujo sangue era levado ao santuário, e cuja carne não era comida, mas queimada fora do arraial. Jesus havia sofrido fora da porta e, portanto, para estar em companhia d’Ele, os crentes foram instruídos a abandonar o arraial; isto é, deixar o judaísmo. Como ainda serviam no
tabernáculo, eles não tinham direito ao altar do Cristão.Em Apocalipse há o altar de ouro no céu, e muito incenso sobe com as orações dos santos; mas o fogo vindo do altar de cobre é lançado sobre a Terra, e a isso seguiram juízos (Ap 8:3-5, compare também Ap 9:13). E João ouviu “o altar dizendo” (como deveria a passagem ser lida – veja Ap 16:7 – TB) “ó Senhor, Deus Todo-Poderoso, verdadeiros e justos são os Teus juízos” (Ap 16:7); este é, sem dúvida, o altar de cobre (compare Ap 6:9 e Is 6:6).
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N. do T.: O cobre foi utilizado na construção do altar, mas parece não ser possível afirmar que era de cobre puro ou se tratava de uma liga como o bronze (cobre + estanho) ou latão (cobre + zinco). A palavra hebraica nechôsheth (H5178) aparece traduzida de diversas maneiras, por exemplo, em Ezequiel 1:7, como “cobre” (ARC e ARF), “bronze” (AIBB, ARA) e “latão” (TB). Em 2 Reis 18:4 é traduzida como serpente “de metal”, (ARC6 e ARF), “de bronze” (AIBB e ARA), e “de cobre” (TB). No Novo Testamento chalkeos (G5470), em Apocalipse 9:20, é traduzida como “bronze” (ARC, ARF, AIBB) e “cobre” (TB e ARA) e chalkalibanon (G5474), em Apocalipse 1:15 e 2:18, é traduzida como “latão reluzente [polido – TB]” (ARC, ARF, AIBB e TB) e “bronze polido” (ARA). [24]
N. do A.: O número 5 sugere responsabilidade: portanto, 5 sentidos, 5 dedos da mão e 5 dedos dos pés – o homem em exercício e responsabilidade. O altar é o símbolo de Cristo e da Sua obra, que satisfaz responsabilidades.