Antinomiano

[geral]

Estritamente, é aquele que se opõe à recomendação às boas obras em virtude de uma visão pervertida das doutrinas da graça; mas o termo também é falsamente aplicado àqueles que se reconhecem livres da lei dada por Moisés por meio da morte de Cristo (Rm 7:4; Gl 2:19). Basta ler cuidadosamente a epístola aos Gálatas para ver que, para os crentes gentios, colocar-se sob a lei é cair da graça; e Paulo os exortou a serem como ele era, pois ele (embora um judeu de nascimento) era tão livre da lei pela morte de Cristo quanto os gálatas eram como gentios. Eles não haviam feito mal algum a Paulo, dizendo que ele não era um judeu austero (Gl 4:12); em outras palavras, eles podem tê-lo chamado de antinomiano, como outros foram assim chamados, cujo andar era o mais consistente. Voltar à lei pressupõe que o homem tem poder para cumpri-la. Para um andar piedoso, o Cristão deve andar no Espírito, e a graça ensina que, “renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, justa e piamente” (Tt 2:12). Por outro lado, houve, e sem dúvida há, alguns que negam as boas obras como um fruto necessário da graça no coração: a graça, assim como tudo o mais, tem sido abusada pelo homem. Veja: Lei.