Nomes

[geral]

Frequentemente, são expressivos de caráter ou de relacionamento. Deus foi revelado a Abraão, Isaque e Jacó, como DEUS TODO-PODEROSO, o que indica o caráter em que Deus Se agradou ser conhecido por eles: Ele não era conhecido por eles como JEOVÁ (Êx 6:3). Isso não significa que eles não tivessem ouvido falar do nome, mas que não expressava o caráter de Seu relacionamento com eles. Para Moisés, Ele disse: “Eu sou JEOVÁ”, e por este nome Ele era conhecido por Israel: isso formava a base de seu relacionamento com Deus. Quando o poder foi confiado aos gentios sob a liderança de Nabucodonosor, foi dito: “O DEUS DO CÉU te tem dado o reino, e o poder, e a força e a majestade” (Dn 2:37). No Cristianismo, Deus é conhecido pelo nome de PAI (Jo 20:17). Muito está envolvido nos vários nomes pelos quais Deus Se agradou em Se dar a conhecer. Portanto, o Senhor Jesus tem vários nomes: Filho de Deus, Emanuel, Filho do Homem e mais; todos eles designam uma Pessoa, mas cada um tem sua própria importância. Em todo o Novo Testamento, Seu nome é o centro de todas as bênçãos (Is 9:6; Fp 2:9-11). Veja: Deus.

Deus tem autoridade para dar nomes (Ap 2:17); e o nome dado por Deus indica aquilo que Deus considera adequado expressar naquele a quem é dado. Portanto, “nome” é característico. Ele alterou os nomes de algumas pessoas: Abrão foi mudado para Abraão; Sarai para Sara; Jacó para Israel; e Ele deu razões pelas quais eles foram alterados; e o Senhor Jesus deu a Simão o nome de Pedro. Deus também aplicou a Israel nomes simbólicos: como Lo-Ami, “não Meu povo”; e Lo-Ruama, “não tendo obtido misericórdia”, para marcar Sua atitude para com eles.

No Velho Testamento, as pessoas frequentemente davam aos filhos nomes significativos: assim, a esposa de Fineias, quando soube que a arca de Deus fora levada e que seu marido e seu sogro estavam mortos, chamou seu filho de Icabô, “onde está a glória?”, pois a glória havia se retirado de Israel – a arca foi tomada. Onde a razão para um nome é mencionada, tudo é claro; mas onde nenhuma razão é dada, o significado nem sempre pode ser determinado. Um nome pode ter vários significados, por ter diferentes raízes. Por muitos anos, as listas dos nomes próprios do Velho Testamento, com seus significados, foram dadas em Concordâncias (principalmente como tiradas de Gesênio), e às vezes certas deduções foram tiradas desses significados como dando o caráter das pessoas que levam os nomes; mas deve ser lembrado que em muitos casos, várias pessoas carregaram o mesmo nome, pessoas que eram bastante diferentes em seu status e caráter; de modo que os nomes podem não ter nada a ver com suas características. É evidente também no caso de João Batista que era costume dar a uma criança o nome de alguns de seus ancestrais. Com base nisso, foi feita objeção ao fato de ele ser chamado João (Lc 1:59-63).

Além disso, os estudiosos hebraicos modernos atribuem significados muito diferentes a alguns dos nomes, tornando seu significado cada vez mais incerto. Por exemplo, Abisai significa, de acordo com Gesênio, “pai de um dom”; mas Fürst interpreta, “Ab existe” ou “Deus existe”. Adami significa “humano”, conforme Gesênio; mas “fortaleza”, segundo Fürst. Adonicão significa “senhor do inimigo”, conforme Gesênio; mas “Adon está ajudando”, segundo Fürst. Em algumas palavras, outros lexicógrafos, como Ewald, diferem de ambos os acima.