Filho de Deus, O

[geral]

Que o Senhor Jesus é uma Pessoa divina é o próprio fundamento da Escritura. No início do evangelho segundo João está a declaração “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”. Novamente, “do Filho, diz: Ó Deus, o Teu trono subsiste pelos séculos dos séculos”. (Sl 45:6; Hb 1:8). O batismo é “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:19). Cristo é mencionado como “o Filho” em distinção do Pai, e a glória está ligada a Ele como tal. Em muitos lugares, quando o Senhor falava do Pai, Ele falava de Si mesmo como relativamente “o Filho” (Mt 11:27, etc.). Ele estava necessariamente na consciência da unidade da Divindade. Cristo também é chamado de “Filho unigênito” de Deus (Jo 1:14, 18, 3:16, 18; 1 Jo 4:9). A palavra é μονογενής – monogenēs e é equivalente à palavra hebraica yachid, que significa “apenas um” e, portanto, (minha alma) predileta [única – JND] (Sl 22:20, 35:17). É um termo de estima.

Quando o anjo apareceu a Maria, predizendo o nascimento de Jesus, ele disse: “O Santo que de ti há de nascer será chamado Filho de Deus” (Lc 1:35). Assim, a palavra deveria ser cumprida: “O Senhor Me disse: Tu és Meu Filho; Eu hoje Te gerei” (Sl 2:7; At 13:33; Hb 1:5, 5:5). O Senhor falou de Si mesmo como o Filho de Deus (Jo 5:25, 9:35; e assim por diante). Ele confessou isso perante o conselho judaico (Lc 22:70). Tendo morrido na cruz para realizar a redenção (Jo 17:1, 4, 19:30), Ele foi “declarado Filho de Deus com poder... pela ressurreição dos mortos” (Rm 1:4).