Filemon, Epístola a
[bíblia]
Nada se sabe sobre Filemon além do que é encontrado nesta epístola, nem está claro onde ele residia. A semelhança das saudações com aquelas encontradas na Epístola aos Colossenses, e a referência a Onésimo nessa epístola, leva à conclusão de que Filemom morava em algum lugar na direção de Colossos (provavelmente em Laodiceia, sendo Arquipo mencionado em Cl 4:17 e Fm 1:1-2), e que ambas as epístolas foram enviadas de Roma por volta de 62 d.C. Embora a assembleia na casa de Filemom seja mencionada em Filemom 1:2, a epístola é pessoal a Filemom e sua esposa.
Onésimo, seu escravo, havia fugido e, tendo se convertido sob o ministério de Paulo, foi enviado por este de volta ao seu senhor. Paulo não pede a liberdade de Onésimo, mas que ele agora seja recebido na graça como um irmão; na verdade, que ele fosse recebido como o “próprio coração” (ARA) do apóstolo. Paulo não invoca autoridade apostólica, mas suplica como o “prisioneiro” e “velho”. Dirigida pelo Espírito Santo, a epístola é um apelo gracioso, e as dificuldades são enfrentadas em um assunto que requer muito tato. Se o escravo tivesse roubado Filemon, Paulo o pagaria; mas ele lembra a Filemon de quanto ele devia a Paulo, até mesmo ele próprio.
Alguns podem se surpreender que tal epístola faça parte da palavra inspirada. Mas é “proveitosa”; por 1.500 anos, os escravos foram extensivamente possuídos por Cristãos. Muitos podem nunca ter pensado em buscar a conversão deles, ou podem ter preconceito contra isso. Deus viu a necessidade de tal epístola. O escravo se tornou um “irmão amado”.