Demoníacos
[geral]
Essa palavra é usada para descrever homens possuídos por demônios, conforme revelado na Escritura. No Novo Testamento, aqueles “possuídos” por demônios estavam certamente sob o controle dos demônios, a ponto de serem lançados no fogo e na água.
Tem sido argumentado que as pessoas ditas possuídas eram realmente lunáticos, que imaginavam que estavam possuídas; e para atender a essa fantasia o Senhor teria falado ao suposto espírito e disse para ele sair! Mas isso é simplesmente um esforço para negar o poder de Satanás e seus emissários sobre o homem, e também o poder de Deus em milagres. O Senhor falou sobre expulsar demônios quando não estava falando com aqueles que estavam possuídos. Os demônios também sabiam que o Senhor era o Filho de Deus, e responderam a Ele, pedido permissão para entrar na manada de porcos e temeram que Ele tivesse vindo para puni-los antes do tempo. Aqueles que eram lunáticos são mencionados juntamente com aqueles possuídos por demônios, mas como sendo diferentes (Mt 4:24). É verdade que o pai do rapaz que estava possuído por um demônio o chamou de lunático, e disse que os discípulos não poderiam curá-lo, em Mateus 17:14-16; mas em Marcos 9:17 ele disse que seu filho tinha um espírito mudo, e em Lucas 9:39 disse que “um espírito o toma”. Era claramente um caso de possessão: o Senhor repreendeu o demônio e este se afastou do rapaz.
Em todos os casos, o alívio era sentido imediatamente quando o demônio era expulso; as palavras usadas são muito explícitas para significar qualquer outra coisa além de que as pessoas estavam possuídas e que os espíritos imundos foram expulsos. O caso de Judas Iscariotes foi um pouco diferente, visto que foi o próprio Satanás que entrou naquele homem miserável (Lc 22:3). Aqui era mais do que uma mera questão de poder sobre o homem, era o adversário se levantando contra Cristo.
Além da possessão permanente dos homens, havia o espírito imundo da profecia de mentira. No Velho Testamento, temos um exemplo notável de um espírito influenciando 400 profetas. Acabe deveria ser induzido a ir para a guerra, e um espírito disse que ele faria isso. Ele sairia e seria um espírito mentiroso na boca de todos os seus profetas. “Agora, pois”, disse Micaías, “eis que o Senhor pôs um espírito de mentira na boca destes teus profetas, e o Senhor falou mal a teu respeito” (2 Cr 18:20-22). Não sabemos a natureza desse espírito, nem como ele influenciou os profetas.