Cidades de Refúgio

[geral]

Seis cidades foram designadas de acordo com a lei, três de cada lado do Jordão, para onde qualquer um que tivesse matado uma pessoa sem querer pudesse fugir. Elas foram dadas aos levitas, e os anciãos dessas cidades deveriam julgar se a morte havia sido causada acidentalmente e, em caso afirmativo, o vingador do sangue não tinha permissão para tirar a vida do homicida. Ele devia permanecer na cidade de refúgio até a morte do sumo sacerdote que foi ungido com o “santo óleo”, para então poder retornar à sua herança. Se ele saísse da cidade antes disso, e o vingador o encontrasse, este poderia matá-lo (Nm 35:6-32; Js 20:2-9, 21:13-38; 1 Cr 6:57, 67).

Como figura, o homicida, sem dúvida, representa os judeus: eles mataram o Senhor Jesus, mas não foram imediatamente mortos como homicidas, mas pela graça foram tratados como um que matou, e a assembleia tornou-se a cidade de refúgio para eles, sua esperança estando conectada com céu e não com uma herança terrenal. Pedro disse que eles fizeram isso por ignorância, Atos 3:17; e o Senhor orou: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23:34). A pregação do evangelho deveria “começar em Jerusalém”, como no dia de Pentecostes. O povo de Israel ainda está fora de sua herança e não será restaurado a ela como bênção enquanto Cristo mantiver Sua posição atual de verdadeiro sacerdócio nas alturas.

As cidades de refúgio no oeste do Jordão eram Quedes, na montanha de Naftali, na Galileia; Siquém, na montanha de Efraim; e Quiriate-Arba, que é Hebrom, na montanha de Judá. E a leste do Jordão estavam Bezer, no deserto, na tribo de Rúben; Ramote, em Gileade, na tribo de Gade; e Golã, em Basã, na tribo de Manassés (Js 20:7-8). Calculou-se que a distância entre essas cidades seria cerca de 110km, de forma que ninguém estaria a mais de 55km de uma delas.