Apelo, Recurso

[geral]

Parece, pelos arranjos feitos por Moisés, que alguns dos juízes eram considerados juízes de apelação, mas que o próprio Moisés, como tendo a mente de Deus, era o último juiz (Êx 18:13-26). Não é provável, quando o reino foi estabelecido, que todas as causas fossem julgadas em Jerusalém; mas apenas casos de apelação provenientes dos juízes das tribos; e tanto era assim que Absalão menciona isso em 2 Samuel 15:2-3; veja também Deuteronômio 16:18. É evidente em Deuteronômio 17:8-12 que se a questão fosse muito difícil para os juízes, a mente de Deus deveria ser buscada onde Ele colocou Seu nome. Os escritores judeus dizem que antes e depois da época de Cristo na Terra, os apelos podiam ser levados pelos vários tribunais ao Grande Sinédrio em Jerusalém.

No caso de Paulo apelando para César, não se tratava de um recurso de uma sentença já proferida, como é o caso no que agora é chamado de recurso; mas Paulo, conhecendo a inimizade mortal dos judeus e a corrupção dos governadores, escolheu ser julgado no tribunal de César, o que, como romano, ele tinha o direito de fazer (At 25:11). Há Um que “vem julgar a Terra; com justiça julgará o mundo e o povo, com equidade” (Sl 98:9).