Sofonias, Profecia de
[geral]
O único detalhe pessoal dado a este profeta é sua ancestralidade por quatro gerações: ele era filho de Cusi, um descendente de Ezequias. A data da profecia é “os dias de Josias”, rei de Judá, que reinou em 641-610 a.C. A profecia dá o juízo de Deus com respeito ao testemunho que estava sendo prestado quando houve uma reforma externa sob um rei piedoso que tremia diante da lei de Deus. O Espírito de Deus podia ler o coração do povo e ver que corrupção moral estava associada à adoração exterior de Deus (compare Jr 3:6-10). O profeta proclama os juízos que devem cair sobre a terra, e sobre Judá e Jerusalém, embora com graça para o remanescente fiel no final. Quatro anos depois do fim do reinado de Josias, Jerusalém foi tomada por Nabucodonosor, os vasos santos levados embora e o cativeiro de Judá começou.
Sofonias 1. A profecia começa com “Inteiramente consumirei tudo sobre a face da terra, diz o Senhor”. Deus podia ver os seguidores de Baal ainda lá, e “os quemarins” (sacerdotes idólatras, mencionados em 2 Rs 23:5 e Os 10:5), e aqueles que adoravam o exército do céu; e aqueles que juraram pelo Senhor e por Malcã (Milcom – ARA), ou “seu rei”, isto é, Baal (compare Jr 49:1). O juízo certamente os alcançaria, e seu ouro e prata não iriam livrá-los no grande dia da ira de Deus sobre toda a terra de Judá e Jerusalém. Mactés em Sofonias 1:11 é literalmente “pilão” ou “lugar oco” como em uma rocha (compare Jz 15:19; Pv 27:22), onde ocorre a mesma palavra hebraica), provavelmente significando Jerusalém, onde, como em um pilão, eles seriam golpeados por seus inimigos.
Sofonias 2. O povo é tratado como uma nação “sem pudor” (TB) (em vez de “que não tenho desejo”): eles são chamados a buscar ao Senhor, se por acaso um remanescente pudesse ser escondido no dia de Sua ira. Em seguida, as várias nações que haviam sido hostis à terra e ao povo de Deus são denunciadas. De vez em quando, Deus usava alguns deles como meio pelo qual punia Seu povo escolhido; mas eles estavam cheios de orgulho e abusaram de seu poder, portanto, Seus juízos certamente cairiam sobre eles: a profecia, entretanto, olha para o futuro grande dia da ira de Deus.
Sofonias 3. Aqui se trata de Jerusalém, a cidade rebelde e manchada. Os príncipes, juízes, profetas e sacerdotes eram todos corruptos. As nações mencionadas no capítulo anterior seriam completamente eliminadas; e então o Senhor fala: Certamente Judá me ouvirá! No futuro, o Senhor, depois de punir as nações, Se voltará para o Seu povo, e um remanescente será abençoado. Israel então será chamado a cantar. O Rei de Israel, sim, o Senhor, estará no meio dela, e ela terá um nome e um louvor entre todo o povo da Terra. Cristo não é, como em outras profecias, apresentado aqui como o Messias, mas como o Senhor. Os “tempos dos gentios” e seus quatro grandes reinos já passaram.