Sal
[geral]
Este conhecido e valioso condimento é encontrado em abundância perto do Mar Morto. Na Escritura, o sal é usado como símbolo de sabor moral e, portanto, de um conservante. Cada oferta de manjares devia ser temperada com sal (Lv 2:13). As ofertas alçadas dadas ao sacerdote são chamadas de “concerto perpétuo de sal” (Nm 18:19).
Os Cristãos são o sal da Terra, mas se o sal perde o sabor, não serve para nenhum uso163 (Mt 5:13; Mc 9:50; Lc 14:34-35). É figura de frescor e sabor em um Cristão, sendo seu coração mantido na percepção da graça, cuja perda nada mais pode suprir.
A fala do Cristão deve ser com graça, temperada com sal (Cl 4:6), não caracterizada pela aspereza, nem carente de unção, mas moralmente saudável em seu caráter. “Porque cada um será salgado com fogo, e cada sacrifício será salgado com sal” (Mc 9:49). Deus coloca tudo à prova, mas com o santo é a escória que se consome. Todo sacrifício salgado com sal refere-se à preservação daquilo que é para Deus, separado da corrupção e impureza.
“Comer o sal” de seus senhores, é usado pelos persas e hindus para indicar que eles são alimentados por seus patrões. Essa ideia é encontrada em Esdras 4:14, onde os opositores dos judeus dizem: “Comemos o sal do palácio” (TB), como a passagem é traduzida mais literalmente. Com referência a uma criança sendo “esfregada com sal” (Ez 16:4), Galeno registra que isso era feito para tornar a pele mais firme e rígida.
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N. do A.: O sal no Oriente não é puro cloreto de sódio, mas principalmente misturado com substâncias vegetais e terrosas, e às vezes, após ser exposto ao Sol e à chuva, era insípido e perfeitamente inútil