Oferta de Manjares
[geral]
Levítico 2 dá o caráter essencial desta oferta, embora na oferta do holocausto se acrescentasse uma oferta de manjares. Aqui não havia derramamento de sangue e, consequentemente, nenhuma expiação. O holocausto queimado era figura do Senhor Jesus em devoção até a morte; a oferta de manjares O representa em Sua vida – a pura Humanidade de Cristo – no poder e energia do Espírito Santo. Consistia em farinha fina, sem fermento, amassada com azeite e ungida com azeite e com incenso: em seus elementos simples, um punhado de farinha com azeite derramado era queimado no altar; mas podia, na forma de bolos, ser assado no forno, ou em uma caçoula (assadeira – ARA), ou sertã (frigideira – ARA). Só uma parte da farinha e do azeite, mas todo o incenso, era queimado sobre o altar, como cheiro suave ao Senhor; o resto era comida para o sacerdote e seus filhos, não suas filhas. A excelência de Cristo como Homem, no Qual todo movimento até a morte era para Deus, só pode ser desfrutado na proximidade sacerdotal: é uma oferta que pertencia essencialmente ao santuário.
Todo o sabor da vida do Senhor era para Deus. Ele vivia não para os homens ou para o louvor deles: portanto, todo o incenso devia subir do altar. A flor de farinha é figura da uniformidade de caráter no Senhor: N’Ele nenhum traço especial teve proeminência indevida, como no homem em geral. Com o Senhor como Homem, tudo era perfeição, tudo era uniformidade e para a glória de Deus. Ele foi gerado pelo poder do Espírito Santo (figura do azeite) e ungido em Seu batismo; Suas graças e glória moral correspondem ao incenso. Em bela conexão com o holocausto perpétuo todas as manhãs e noites, havia uma oferta de manjares perpétua. Era “coisa santíssima”; nem fermento nem mel deveria ser queimado com a oferta de manjares, mas o sal deveria acompanhá-la. As características aqui simbolizadas foram notavelmente testemunhadas na vida do Senhor (Lv. 2, 6:14-18; Êx. 29:40-41).
Em Levítico 23:17 há fermento com a oferta de manjares porque representa a Igreja, as primícias das criaturas de Deus, apresentadas no Pentecostes na santificação do Espírito.