Milênio

[geral]

Esta palavra significa 1.000 anos, e geralmente se refere ao período falado em Apocalipse 20. A primeira ressurreição terá ocorrido antes do início desses anos, os santos que têm parte nesta ressurreição serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com Cristo os 1.000 anos. Durante esse período, Satanás ficará confinado no abismo (Ap 20:1-6). Esses dois fatos provam que o Milênio não será iniciado por nenhuma operação atual ou semelhante em conexão com o evangelho. Satanás precisa ser confinado e a primeira ressurreição precisa ter ocorrido. Veja: Ressurreição. Outros eventos importantes também terão ocorrido anteriormente, a saber, os juízos que devem cair sobre Judá e Israel antes que eles possam, sob Deus, ocupar o primeiro lugar de bênção terrena, em sua própria terra, as nações sendo abençoadas por meio deles (Jr 30:4 -9; Mt 24:21-22). A bênção seguirá os juízos. Eles não falarão então de terem sido tirados do Egito, mas de todos os países para onde Deus os conduziu (Jr 23:5-8). A reconciliação de Israel será “vida dentre os mortos” (Rm 11:15).

O homem do pecado também precisa primeiro se manifestar e, com o império romano revivido, ser esmagado (2 Ts 2:7-12; Ap 13-14). Destes, e de outros detalhes mencionados na Escritura, é claro que haverá uma grande e maravilhosa mudança antes que o Milênio seja estabelecido, e que a mudança não se limitará a uma mudança espiritual no homem, como muitos supõem. A mudança trará uma dispensação em caráter inteiramente diferente daquela que agora existe durante a reunião das nações de um povo para a bênção celestial. Será caracterizado por um conhecimento universal do Senhor em relação a Israel (Jr 31:34; Zc 14:9). “toda carne saberá que Eu Sou o Senhor, o teu Salvador e o teu Redentor, o Forte de Jacó” (Is 49:26). O próprio Senhor reinará sobre a Terra em justiça, e todos os habitantes do mundo aprenderão a justiça (Sl 72:8, 17; Is 11:5, 26:9).

O Espírito será derramado sobre toda a carne, e a criação, agora gemendo e sofrendo em dores, será libertada da escravidão da corrupção (Rm 8:19-22). “Em lugar do espinheiro, crescerá a faia, e, em lugar da sarça, crescerá a murta” (Is 55:13; compare Is 41:19). Coisas e naturezas, mais opostas e diversas, viverão juntas em paz. “Morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo com o cabrito se deitará, e o bezerro, e o filho de leão, e a nédia ovelha viverão juntos, e um menino pequeno os guiará. A vaca e a ursa pastarão juntas, e seus filhos juntos se deitarão; e o leão comerá palha como o boi. E brincará a criança de peito sobre a toca da áspide, e o já desmamado meterá a mão na cova do basilisco” (Is 11:6-8).

Haverá paz e bênção universal em toda a Terra: em vez da invenção de armas mortais, as espadas serão transformadas em enxadas e foices (Is 2:4).

Assim, o reino falado em Daniel 2:44 será estabelecido na Terra pelo Deus do céu e consumirá todos os outros reinos. Será o reino de Deus em poder, e o Senhor Jesus será reconhecido Rei dos reis e Senhor dos senhores. Ele reinará primeiro como Filho de Davi, o Homem de guerra, e então, quando todos os inimigos de Seu povo forem subjugados, reinará como Salomão, o Homem de paz.

A morte, embora não seja destruída, será tragada pela vitória. Se alguém morrer com cem anos de idade, será considerado um “menino” (Is 65:20 – TB).

O trono de Deus e do Cordeiro estará na nova Jerusalém celestial, que desce de Deus do céu, e o Senhor Deus Todo-Poderoso e o Cordeiro serão o seu templo. A glória de Deus a ilumina, e o Cordeiro é a sua luz. As nações salvas andarão à sua luz (Ap 21:22-24).

Além de ser o cumprimento de todas as promessas de Deus a Israel, o Milênio será uma prova para o homem sob circunstâncias inteiramente novas. E tão logo Satanás, libertado de sua prisão, saia para enganar as nações, ele será prontamente ouvido. Eles serão reunidos para atacar Jerusalém, mas apenas para encontrar sua própria destruição (Ap 20:7-9).