Vivificar

[geral]

chayah. Este termo é usado no Velho Testamento com a força de “reviver ou dar nova vida” em um sentido moral: por isso lemos “vivifica-me”. No Salmo 119, o salmista pediu nove vezes para ser vivificado (vs. 25, 37, 40, 88, 107, 149, 154, 156 159) – de acordo com a Palavra de Deus, ou Sua justiça, ou Seus juízos etc. (Veja Sl 71:20, 80:18 – ARA, 143:11) No Novo Testamento, a palavra é ζωοποιέωzōopoieō, e é invariavelmente empregada no sentido de tornar vivos aqueles que estão no estado, ou sob o poder da morte. Portanto, às vezes é usada como o equivalente a ressurreição, mas a palavra nunca é aplicada aos ímpios mortos. É a obra de Deus: o termo é empregado em conexão com o Pai (Jo 5:21), com o Filho (Jo 5:21) e com o Espírito (Jo 6:63). É característico do Último Adão ser um Espírito vivificador (1 Co 15:45). Em Cristo todos serão vivificados. Evidentemente, o princípio da soberania divina está envolvido no termo. Deus dá vida de acordo com a Sua vontade. Diz-se que o crente foi vivificado junto (συζωοποιέωsuzōopoieō) com Cristo, e assim é trazido espiritualmente à associação com Cristo.

Uma palavra pode ser adicionada à distinção entre “novo nascimento” e “vivificação”. É que “vivificar” implica tornar vivo em vista de uma ordem de coisas e um estado diferente daquele em que o “vivificado” vivia antes. Isso não é necessariamente o resultado de um novo nascimento; por exemplo, Israel terá que nascer de novo em vista das bênçãos terrenais (Jo 3:12; Ez 36:25-26); mas os crentes agora não são apenas nascidos de novo, mas, vivificados com Cristo; eles são feitos para viver espiritualmente naquela esfera de santo amor na qual Cristo entrou pela ressurreição, a fim de que Ele pudesse introduzi-los nela; assim, passaram da morte para a vida.