Aba
[grego]
A forma grega é ἀββᾶ “pai”: é o mesmo que “Ab” em hebraico, mas foi pronunciada Aba no tempo de nosso Salvador. Ocorre três vezes no Novo Testamento, e é sempre seguida por “pai” e traduzida como Aba Pai; isto é, o “abba” é transcrita e não traduzida: se fosse traduzida, seria “Pai, Pai”. No grego se lê: “ἀββᾶ ὁ πατήρ” sendo o “Abba” aramaico, e o “Pai” grego. No Velho Testamento, Ab não era restrito aos filhos. Eliseu o usou para com Elias; servos aplicavam a seus senhores (veja 2 Rs 2:12, 5:13, 6:21). O Senhor perguntou: “a chuva, porventura, tem pai?” (Jó 38:28). No Novo Testamento, parece ser usado num sentido mais estrito de relacionamento: “recebestes o espírito de adoção de filhos, [ou espírito de filiação], pelo qual clamamos: Aba, Pai” (Rm 8:15); e “porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de Seu Filho, que clama: Aba, Pai” (Gl 4:6). A única outra ocasião é quando o Senhor Se dirige a Seu Pai (Mc 14:36); e o Espírito, no coração dos crentes, põe no lábio deles as próprias palavras que Ele usou. Foi sugerido que por essas duas palavras, o judeu e o gentio dizem “Pai” em suas próprias línguas – o aramaico sendo então falado pelos judeus e o grego a língua dos gentios na Palestina e em muitos outros lugares. Deus havia sido revelado no Velho Testamento como o Senhor (Jeová), o Todo-Poderoso, mas foi reservado para os tempos do Novo Testamento que Ele fosse conhecido pelos crentes no relacionamento de Pai (compare João 20:17).