Apêndice 47. Compaixão, Empatia, Tolerância.
As palavras συμπαθέω – sumpatheó (g4834) e μετριοπαθέω – metriopatheó (g3356) são traduzidas “ter compaixão”, mas há uma diferença marcante entre as palavras. metriopatheó (que provém de μετριοπαθής – metriopathís, “moderado em paixões”) ocorre apenas uma vez no Novo Testamento, em Hb 5:2, referindo-se ao sacerdote levítico, o qual “exercitava tolerância” (JND) (o verdadeiro significado da palavra: a margem da KJV traz “suportando sensatamente”) quanto ao ignorante e o que erra, estando ele próprio rodeado de fraqueza. Portanto, se a “compaixão” é admissível, ela é assim para com os ignorantes e errantes.
sumpatheó (que provém de σύν – sun (g4862), “com”, e πάσχω – paschó (g3958), “sofrer”) é ter empatia com os outros que estão sofrendo. O bendito Senhor, tendo sido tentado em todos os pontos à parte do pecado, pode Se compadecer, não com o pecado, mas com as fraquezas dos santos (ter “sentimento de empatia”, como Bengel o expressa) (Hb 4:15). Paulo foi capaz de dizer que os crentes hebreus tinham empatia, se compadeceram com ele em suas prisões (Hb 10:34); e todos são exortados a terem empatia (“serem compassivos” συμπαθής – sumpathés – g4835), amando os irmãos (ou cheios de amor fraternal – AIBB), etc. (1 Pe 3:8). O pensamento de compaixão, não o de empatia, pode estar ligado a Deus: Cristo pode ter empatia porque, tendo Se tornado Homem, Ele passou por provações: Ele tem um sentimento de empatia.
Nenhuma das palavras ocorre no LXX Codex Vaticanus, Mas o Codex Alexandrinus traz sumpathés em Jó 29:25. Jó diz “Eu me assentei como chefe e habitava como um rei no meio dos guerreiros, como um consolando companheiros de luto”: Jó era um com eles.