Apêndice 37. Tardio, Preguiçoso, Ocioso.

As palavras βραδύςbradus (g1021), νωθρόςnóthros (g3576), e ἀργόςargos (g692) têm significados semelhantes. bradus ocorre apenas três vezes no Novo Testamento; difere das outras palavras por ser usada no bom e no mau sentido, referindo-se apenas ao tempo: “lento” no sentido de tardio. O Senhor disse: “Ó néscios e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram!” (Lc 24:25); mas em Tg 1:19 a exortação é “seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar”.

nóthros parece implicar uma preguiça mais habitual. Ocorre apenas duas vezes no Novo Testamento. Os santos hebreus eram “negligentes [tardios – ARA]” quando deveriam, pela diligência, ter sido mestres (Hb 5:11); e são exortados a não serem “negligentes [indolentes – ARA], mas imitadores daqueles que herdam as promessas (Hb 6:12). Ocorre uma vez na LXX, onde se lê: “não é adequado que alguém diligente nos negócios cuide de homens preguiçosos” (Pv 22:29).

argos (talvez de ἀεργόςaergós, α, negação, e ἔργονergon – g2041, “trabalho”) difere da anterior na medida em que é aplicada a coisas, bem como a pessoas, e envolve culpabilidade. Em Mt 12:36, “de toda palavra ociosa que os homens disserem” deverá ser dada conta. É traduzida como “ociosos” em Mt 20:3, 6; 1 Tm 5:13. Em Tt 1:12, os cretenses são chamados de “ventres [glutões – TB] preguiçosos”. Em 2 Pe 1:5, 8, ao usar “toda a diligência” eles não seriam “ociosos nem estéreis”.

Na LXX argos ocorre em 1 Rs 6:7 (11), aplicada às pedras para o templo, mas em que sentido não está claro, a menos que seja que não haveria mais trabalho a ser feito nelas. Sir C. Brenton traduz “pedras brutas talhadas”.